segunda-feira, 29 de março de 2010

Ao Mestre com Carinho

Para quem ama aos esportes de uma maneira geral, o dia amanheceu mais triste hoje. O grande mestre da crônica esportiva, Armando Nogueira, partiu para alçar vôos mais altos, nas grandezas dos campos celestiais.

Dono de um texto poético, Armando fez história no telejornalismo brasileiro, e em especial na crônica esportiva. Foi durante muitos anos o Diretor de Jornalismo da rede Globo, e o profissionaol que chefiou a equipe criadora do Jornal Nacional. e Globo Repórter. Na mídia impressa, foi cronista dos principais jornais do pais, dentre eles o Estado de São Paulo e o Jornal do Brasil, onde editou a famosa coluna esportiva "Na Grande Área. Botafoguense de coração, era um amante da aviação, especialmente em ultraleves, no qual era habilitado.

Além de um texto irretocável, Armando era admirado por produzir frases, que eram verdadeiras poesias, em suas crônicas esportivas.

O Rei e a bola

"Pelé é tão perfeito que se não tivesse nascido gente, teria nascido bola."

Mané e o drible

"Para Mané Garrincha, o espaço de um pequeno guardanapo era um enorme latifúndio."

Perfeição

“A tabelinha de Pelé e Tostão confirma a existência de Deus.”

Habilidade

"No futebol, matar a bola é um ato de amor. Se a bola não quica, mau-caráter indica."

Humor

"Anúncio: troco dois pés em bom estado de conservação por um par de asas bem voadas."

Crítica

"Os cartolas pecam por ação, omissão ou comissão"

Ídolos

"Heróis são reféns da glória. Vivem sufocados pela tirania da alta performance"

Enciclopédia

"Tu, em campo, parecias tantos, e no entanto, que encanto! Eras um só, Nílton Santos".

Zico

"A bola é uma flor que nasce nos pés de Zico, com cheiro de gol."

O gol

“Gol de letra é injúria; gol contra é incesto; gol de bico é estupro."



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